Autor: Marcelo Rubens Paiva
Editora: Siciliano
Ano: 1992
Número de páginas: 203
Bala na agulha não é um romance fácil de classificar. É policial? É político, erótico? Não, Bala na agulha dispensa classificação. É um romance puro, de uma grandiosa simplicidade, escrito numa linguagem ácida, direta e veloz. É daqueles livros que o leitor não consegue largar. Bala na agulha é uma aventura: o narrador, um traficante, se vê envolvido num assassinato em Nova York e é obrigado a fugir. De volta ao Brasil, descobre que seu pai é o novo herói da nação: foi eleito primeiro-ministro.
Marcelo Rubens Paiva reserva a seus leitores uma surpresa a cada obra. Começou em 1982 com Feliz ano velho, uma autobiografia precoce que fez muito sucesso no Brasil e no exterior. Enquanto todos esperavam que o autor continuasse na linha autobiográfica, surpreendeu em 1986 com a publicação de Blecaute, romance próximo ao realismo fantástico. Em 1989, investiu no teatro com a peça 525 linhas, para voltar ao romance com a publicação em 1990 de Ua: brari.
Bala na agulha é a nova surpresa de Paiva. O leitor reconhecerá, nas páginas do livro, semelhanças com fatos que marcaram a história recente do país: o submundo das drogas e da prostituição em simbiose com as mais altas esferas do poder.
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